segunda-feira, 30 de julho de 2007

Daniel Bensaid também é ovelha negra !!!


Piada interna

A chave para perceber o último acampamento é:
Rally = reunião. recuperação de forças. ponto obtido por uma série de jogadas (no ténis).

quarta-feira, 11 de julho de 2007

A liberdade vai passar por ali

Para mim, o sumo dos acampamentos é o espaço de liberdade que ali se vive. Sinto muitas vezes, (e a política não existe sem também o que sentimos), que os acampamentos da IV são oxigénio para mim, pelo menos 1 vez por ano.
É onde menos me sinto julgado. Onde menos me sinto olhado. Onde quase tudo parece outra vez possível, como se algo recomeçasse.
Quase diria que onde começar o acampamento, começa o ano.
Representa também sair deste espaço por vezes sufocante das questões pequenas, do diz que disse, da polémica vazia e surda no ram ram político português.
Ali pensa -se global, volta-se ao problemas grandes, olha-se a Terra como um todo, vê-se a política (e a vida) como um sistema, integrando tudo, de forma geral e criativa.
Ali vê se a História, não nos perdemos com estórias.
Aprendi muito com os acampamentos a que fui, obviamente hoje já sem a novidade do início, mas há sempre alguém que traz algo de novo, o mundo muda a cada ano que passa.
Gostava que mais gente pudesse sentir o que eu já senti, embora seja impossível ter a certeza disso.
A liberdade passa sempre por ali, o socialismo e a república também, só faltamos nós, e é já na próxima semana !!!
Viva a IV internacional !
Viva o Socialismo!
Viva a Liberdade!!!
boa sorte RR !!!

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Franjas de Estado Social...

A liberalização do mercado que assolou a 2ª metade do século XX, que ficaria conhecida como Neo-liberalismo e que se afirmou como corrente económica única e hegemónica, após o fim da URSS, configurou uma nova face do capitalismo Mundial: o ataque aos direitos dos trabalhadores conquistados com a prévia emergência do Estado-Providência; a privatização dos recursos naturais e a sua exploração até à exaustão; a apropriação da riqueza natural dos países sub-desenvolvidos pelo “Norte-todo-poderoso”; a especulação financeira; a desertificação dos meios rurais; a insustentabilidade do meio ambiente; a mitificação dos modos de vida urbanos e industrializados: competitividade, precariedade e exclusão-social!


O comércio dita a lei da sociabilização, a capacidade de consumo passa a ser vista como “libertação individual”!


O neo-liberalismo afirmou-se também pela destruição do sistema-social e do Estado-Providência: na educação, na energia, nos transportes, na banca, na habitação!
A Saúde é, em Portugal, um caso paradigmático! No pós – 25 de Abril, a criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), fomenta a criação de uma rede de cuidados primários, dispersa pelo país, que servia uma boa parte da população, permitiu a criação de um Plano Nacional de Vacinação adequado, de incremento dos cuidados neo-natais com a diminuição da taxa de mortalidade infantil, criação de centros de cuidados diferenciados em várias capitais de distrito e consagrava-se na constituição a saúde como um bem de acessibilidade universal.
Três décadas depois, como vai a saúde do SNS?...


Fecho de urgências... Deslocação de profissionais para o sistema privado... Precarização das carreiras dos profissionais, com o fim do contracto colectivo de trabalho... Mais de 250000 Portugueses sem médico de família atribuído... Aumento da dívida do Estado à industria farmacêutica... Aumento do preço dos medicamentos com diminuição da comparticipação Estadual... Ataque cego aos benefícios nos sub-sistemas de saúde... Aumento dos lucros das seguradoras privadas para a saúde... Deterioração física das condições de trabalho e de conforto dos utentes... Aumento das taxas moderadoras... Criação de parcerias público-privado... Redução anual progressiva do orçamento estadual para a saúde...


Como vai a saúde do SNS? Fingir acessibilidade para tod@s, fingindo que tod@s estão longe de uma crise económica, ou um doente terminal à espera de uma boa dose de morfina?...
Franjas de um Estado Social, pedaços de conquistas que caem por terra, tempos de um período revolucionário que agora se finge nunca ter existido...!